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Mulheres na TI: vamos quebrar os estereótipos

O ano de 2023 nos surpreende e nos desafia ao mesmo tempo. Considerando que a área de tecnologia cresce a dois dígitos mundialmente, uma pesquisa realizada pelo IBGE mostra que apenas 13,3% dos ingressos nos cursos de Computação e de Tecnologia da Informação são realizados por mulheres.

O ano de 2023 nos surpreende e nos desafia ao mesmo tempo. Considerando que a área de tecnologia cresce a dois dígitos mundialmente, uma pesquisa realizada pelo IBGE mostra que apenas 13,3% dos ingressos nos cursos de Computação e de Tecnologia da Informação são realizados por mulheres.

* Gisele Scalo

Porém, ao mesmo tempo, as mulheres têm um grande potencial a ser aproveitado na área de TI. Ainda que o número seja reduzido daquelas que trabalham diretamente com tecnologia, vemos um crescimento no volume de posições de chefia pelo público feminino. De acordo com a Credit Suisse Research Institute, 20,1% de todos os integrantes de diretorias no setor global de TI, em 2021, eram mulheres, uma tendência que certamente envolve o cenário nacional.

O desafio é de aumentar o interesse das mulheres pelas carreiras de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), e uma saída pode ser o incentivo ao público feminino de outras áreas a atuarem no setor. Nesse contexto, hoje devemos dar um passo além da colaboração. Nós precisamos fazer mudanças em nossas bases que sejam consistentes para promover a liderança feminina.

As agendas de abertura de oportunidades para as mulheres devem andar paralelamente. Enquanto vemos um dos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, acordada pelos países da ONU, mirarem na inserção de mais mulheres em atividades STEM, as empresas devem olhar para os profissionais, independente da área, para ampliar a presença feminina no setor.

Não devemos esperar que a incorporação de mulheres em cargos executivos seja imposta por regulamentos. Pelo contrário, que sejamos capazes de abrir o diálogo, visualizar oportunidades e proporcionar um desenvolvimento de carreira equitativo, baseado na valorização das competências e habilidades dos colaboradores.

Para que tudo isso não seja um modismo e, de fato, as práticas mudem nossas bases, é fundamental trabalhar de forma abrangente para acabar com o estereótipo de que existem carreiras para homens e mulheres. A educação deve ser transversal e, do setor privado ao qual pertenço, como mulher que ocupa um cargo de liderança no setor de tecnologia, minha orientação é que devemos trabalhar em iniciativas que nos permitam aproximar nossa experiência.

No Dia Internacional da Mulher, quero convidar mais uma vez os setores público e privado a se comprometerem com o desenvolvimento de programas que, ano após ano, aumentem o ingresso de mulheres no setor de tecnologia e estimulem o pensamento analítico e o uso de tecnologias em seus anos escolares.

Fizemos progressos consideráveis ​​em políticas para fomentar a equidade de gênero, a flexibilidade e o desenvolvimento das mulheres no mercado. As políticas existem, as oportunidades também, só precisamos que mais mulheres estejam prontas para essa “quebra de estereótipos” e acreditem firmemente que “tudo podemos”.

 

*Gisele Scalo

Diretora de Recursos Humanos da SONDA Brasil

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