Datacenter

Com a tendência do aumento do uso dos Data Centers, motivado pelo processo de inovação nas empresas e pela ampliação do uso da Inteligência Artificial, que requer mais processamento de dados, a necessidade de resfriar os equipamentos se tornou indispensável e, consequentemente, o consumo de água vem aumentando.

O Google, por exemplo, aumentou seu consumo em 22% por conta da ampliação de seu uso de Data Centers no ano de 2022, último período com dados disponíveis para consulta. Outra pesquisa, realizada na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos e publicada na revista Nature, destacou a necessidade de mapear o impacto de recursos baseados em IA devido às crises climáticas e à escassez de recursos naturais que o planeta enfrenta.

Em resposta a essa crescente preocupação, a Sonda Brasil, provedora regional de soluções de Transformação Digital, anunciou um conjunto de medidas voltadas para redução do consumo de água e aumento da sustentabilidade em seu Data Center. O sistema conta com um reservatório de 78 mil litros de água gelada, utilizado em um sistema de resfriamento altamente eficiente. Mas para frear impactos, há 12 anos, a empresa adotou uma infraestrutura de climatização que combina o uso de energia renovável e tecnologias sustentáveis para atender às demandas de ESG (Environmental, Social and Governance).

Com um consumo médio de água de 89 metros cúbicos, o Data Center da empresa tem mais de 6 mil metros quadrados de área construída na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, e tem capacidade para processar grandes volumes de terabytes de informações. O centro de dados é também o primeiro da América do Sul a ter certificação Uptime Tier III, com áreas distintas para hosting e mainframe, além do certificado alemão TÜV Rheinland. Além disso, o Data Center da SONDA manteve zero de indisponibilidade de facilities, superando as exigências de disponibilidade de 99,982% estabelecidas para sua classificação Tier III.

Maria Fernanda Bergamo, diretora de Cloud e Data Center da Sonda Brasil, explicou que a dissipação de calor nos equipamentos é essencial para o funcionamento de Data Centers, e, para isso, a empresa utiliza os chamados chillers, sistemas de resfriamento interno recirculante. A água gelada realiza a troca de calor com o fluído refrigerante na unidade evaporadora, diminuindo a temperatura sem desperdício hídrico.

Para melhorar a eficiência energética, a empresa também implementou corredores quente e frio, além de realizar a migração para o mercado livre de energia, no qual a energia para o Data Center é proveniente de fontes renováveis. “Fizemos a transição para fontes de energia renováveis, como solar, eólica e hidrelétrica, diminuindo nossas emissões de carbono e consumo energético, minimizando os impactos ambientais ocasionados pelo funcionamento dos equipamentos”, comentou Maria Fernanda.

Além disso, a diretora revelou que a diminuição do consumo de água nesses equipamentos não apenas contribuiu para o meio ambiente, mas também levou a uma economia de recursos dentro da empresa, reduzindo gastos com energia e manutenção operacional a longo prazo. “Essas iniciativas trazem melhorias na eficiência operacional, resultando em maior produtividade, diminuição do tempo de inatividade e ampliação de desempenho dos sistemas de TI, além de frear os impactos ambientais que vêm assolando o mundo todo”, finalizou.

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